António Mendes condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito

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António Mendes, ex-presidente da Câmara Municipal e atual Presidente da Assembleia Municipal de Constância foi condecorado, hoje, com o grau de Comendador da Ordem do Mérito, numa cerimónia que teve lugar no Palácio de Belém, e na qual esteve presente Júlia Amorim, atual presidente da Câmara Municipal, em representação do Município de Constância.

Na ocasião, o Presidente da República proferiu uma intervenção e, em nome dos agraciados, António Mendes teve a honra de fazer o discurso de agradecimento.

O Presidente da República decidiu agraciar um conjunto de antigos Presidentes de Câmara Municipal, como reconhecimento do papel insubstituível dos autarcas portugueses para o desenvolvimento do nosso país e para o reforço da coesão territorial.

Juntamente com António Mendes foram agraciados mais 14 antigos presidentes de Câmara, com o grau de Comendador da Ordem do Mérito, a qual se destina a galardoar atos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da coletividade.

A Câmara Municipal de Constância congratula-se com esta condecoração e felicita o António Mendes, por esta distinção que muito honra o Homem e o trabalho autárquico desenvolvido em prol do concelho de Constância e das suas populações.

 

Discurso do Presidente António Mendes

Senhor Presidente da República,
Caros Colegas,
Minhas Senhoras e meus Senhores,

Excelência,

Entendeu Vossa Excelência agraciar-nos, a nós, antigos presidentes de Câmara, com esta elevada distinção que a todos muito nos honra e nos enche de contentamento. Bem haja, senhor Presidente da República, por este gesto de tão grande significado, não apenas pelo que significa para nós – e que muito é – mas sobretudo pelo que representa enquanto reconhecimento do papel insubstituível e do imenso trabalho realizado pelo Poder Local Democrático no nosso país.

Se nos últimos quarenta anos da nossa vida coletiva assistimos a tão profundas transformações, quer de Portugal quer do viver dos Portugueses, em boa parte isso se deve às realizações das comunidades locais, das populações e dos seus eleitos dos municípios e das freguesias. Que diferença vai entre o Portugal cinzento, pobre e sozinho em que crescemos e o Portugal de hoje que, não obstante os problemas, as carências e as dificuldades que ainda tem, se afirma como um país livre, que recuperou a sua dignidade e prossegue todos os dias a luta pela construção de um futuro melhor.

Aos eleitos locais, que o povo democraticamente encarrega de o representar, compete uma tarefa difícil – mas apaixonante – de conseguir equilíbrios e de conduzir ações que defendam os interesses coletivos da comunidade. Particularmente importante, a meu ver, é a consciência que o presidente da Câmara deve ter de que no seu concelho se está construindo uma parcela de Portugal, pequenina que seja como é o caso da minha Constância. E que essa parcela, que lhe parece muito importante por ser a sua, só tem sentido no contexto da região de que faz parte e do conjunto do país. Daí o relevo que assume a relação entre as instituições, aos diversos níveis do poder, que, independentemente das forças políticas que sustentam cada uma delas, deve pautar-se pelo respeito mútuo, pelo espírito de colaboração e pela lealdade. Digo isto, senhor Presidente da República, porque penso e sempre pratiquei que um presidente de Câmara pode, e deve, defender os interesses da comunidade que o elegeu mantendo as melhores relações, institucionais e mesmo pessoais, com os membros do Governo da República, igualmente legítimo, seja ele qual for, independentemente dos partidos políticos a que pertençam um e outros. A força da democracia reside precisamente aí: na nossa diversidade e na nossa capacidade de, sendo diferentes, trabalharmos em conjunto para um objetivo que a todos interessa – o progresso do país e o bem-estar dos Portugueses, de todos mas em especial dos mais pobres e dos que habitam as zonas mais interiores e mais deprimidas do território. O papel dos políticos, se bem avalio, é servir os que os elegem, seja qual for o cargo em que estão investidos. Foi isso que procurámos fazer, como soubemos e pudemos, muitas vezes bem, outras talvez não tanto, mas sempre com a preocupação de buscar as melhores soluções para os problemas e os anseios das comunidades de que fazemos parte. Como diz o nosso povo, não fizemos mais do que a nossa obrigação: foi para isso que os munícipes confiaram em nós.

Gostaria, por outro lado, senhor Presidente da República, de sublinhar que, em matéria de trabalho autárquico, ninguém faz nada sozinho. Por isso, a distinção com que Vossa Excelência nos honra neste ato, é também o reconhecimento da dedicação e do trabalho das nossas equipas e dos nossos colaboradores que empenhadamente deram corpo ao grande esforço coletivo de muitos anos e que, em grande parte, contribuíram para que aqui estejamos hoje.

Saímos daqui, senhor Presidente da República, com um sentimento de enorme satisfação pelo reconhecimento que, através do gesto de Vossa Excelência, o país acaba de fazer, nas nossas pessoas, aos seus municípios e às realizações do Poder Local Democrático que desde o 25 de Abril vem transformando a nossa terra e proporcionando melhores condições de vida à nossa gente.

Muito obrigado!

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Créditos das fotografias: Luis Filipe Catarino/Presidência da República

 

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