Banco de lavar em destaque no Museu

Neste mês de outubro o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, em Constância, escolheu um «Banco de Lavar», como «Peça do mês» para estar em destaque numa das suas salas.

Peça em madeira, com superfície ondulada, utilizada para lavar roupa no rio. Grande parte das mulheres até meados do século passado, além de lavarem a roupa de casa, lavavam também para fora, geralmente para as casas mais ricas, indo, semanalmente, recolher a mesma em alguidares de barro ou zinco, que depois transportavam até às margens do rio Zêzere. Aí, chegavam a juntar-se mais de vinte mulheres a lavar roupa, cada uma na sua pedra. Quem não chegasse a tempo de ocupar uma boa pedra, teria que utilizar o seu banco de lavar.

Passavam os dias no rio, de verão e inverno. Para a roupa ficar perfeita, primeiramente, lavavam a roupa com sabão azul e branco, depois, esfregavam no banco de lavar ou na pedra, e torciam a roupa com as mãos. Se a sujidade teimasse em não sair, esfregavam com uma escova e, as roupas brancas, estendiam-se no chão, para corar.

Depois de lavada, a roupa era enxaguada várias vezes no rio e torcida para retirar o excesso de água, voltando novamente para os alguidares. De seguida, para secar, era só estender no areal do rio ou em estendais colocados em terrenos baldios.

Recorde-se que a «Peça do mês» está exposta numa das salas do museu, onde pode ser apreciada e a sua divulgação é efetuada através das páginas de Facebook do Museu dos Rios e das Artes Marítimas e do Município de Constância.